Saquarema O caso Camila Peixoto

O corpo da bartender do navio MSC Musica Camila Peixoto Bandeira foi retirado do Instituto Médico Legal (IML) de Santos, no litoral paulista, na última terça-feira. E, na madrugada de quarta-feira,13/01,chegou a Saquarema, na Região dos Lagos RJ, onde mora sua família, para ser velado e sepultado.

Camila,de 28 anos, foi encontrada morta no último domingo, em sua cabine, quando o navio voltou a Santos, após uma viagem de sete noites. Segundo a Polícia Federal (PF), que investiga se o caso foi um suicídio ou um homicídio, o corpo foi descoberto pelo companheiro de Camila, que também era tripulante. O casal, que se conhecia há 13 anos, trabalhava no bar do navio.

Em seus dois depoimentos à PF, o companheiro de Camila afirmou que ela se enforcou com um lençol amarrado no tubo do ar-condicionado. O delegado responsável pelas investigações, Sandro Pataro, diz que não sentiu firmeza nas declarações. Em um primeiro contato informal com a família da vítima, Pataro conversou com a mãe de Camila. Ela contou que o casal brigava muito e que, inclusive, ele batia em sua filha.

- Não sei se podemos levar em consideração, pois ela estava com as emoções à flor da pele - disse.

O delegado afirmou que pretende registrar um novo depoimento da família. A PF aguarda a liberação dos laudos da perícia, que devem ser emitidos em cerca de 15 dias, e também do IML. Devido à investigação e à suspeita de homicídio, o companheiro de Camila foi impedido de seguir no transatlântico. Pataro pedirá à Justiça uma ordem proibindo a saída do tripulante do país. Até a noite da última terça-feira, o marítimo estava hospedado em um hotel em Santos. No entanto, deixou o local para acompanhar o enterro da jovem em Saquarema.

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